CAPÍTULO 4


 AUTOANÁLISE – VOCÊ NADA A FAVOR DA MARÉ?



  Nesses últimos tempos, tenho percebido que muitos acadêmicos, em suas propostas teóricas, investiram tempo, energia e até dinheiro para afirmar que as pessoas alcançam melhores resultados quando adotam esta máxima: "Mude sua maneira de pensar e, assim, mudará seu modo de agir".

Eu também acredito nisso, mas acho que está incompleto. Hoje, acrescentaria uma reflexão mais urgente, antecedendo as outras estudadas nas universidades - mudar seu ambiente. Em vez de ficar seguindo o mote "mude sua mentalidade e, assim, mudará de atitude", eu prefiro "mude de atitude, pois isso vai mudar sua maneira de pensar".

Analise comigo: se o ponto de partida fosse mudar de pensamento, todo mundo ficaria rico só de ler o best-seller Pai rico, pai pobre, de Robert Kiyosaki e Sharon Lechter. As pessoas que realmente caminham para a independência financeira são aquelas que procuram estar em um ambiente que favoreça essa prosperidade e tomam atitudes diferentes da maioria, que podem ser as sugeridas pelos autores investidores ou não.

O que mais muda a maneira como as pessoas pensam e transformam tudo em seu entorno é o ambiente. Portanto, uma reflexão que vale a pena fazer é sobre o impacto que seu ambiente - nas esferas familiar, profissional, social -

exerce hoje em sua vida. Se não é tão positivo assim, você precisa fazer uma análise sobre como mudar isso, pois facilitará mudar sua mente.

Se está morando numa casa de hábitos e sentimentos tóxicos, que acaba prejudicando sua saúde mental e física, a única coisa que sobra é a força de

vontade para se salvar, conforme ressaltei no capítulo 2. Se convive a maior parte do dia com profissionais que falam mal uns dos outros e boicotam quem deseja projeção na carreira, o que sobra? Força de vontade para lutar com essa torcida do contra.

É como tentar correr com uma bola de ferro presa no pé ou nadar contra a correnteza.

Quando eu nadava, participei de algumas competições no mar. E todo nadador procura um ponto fixo para se guiar. Pode ser um farol ou um prédio na costa, em paralelo ao trajeto da prova. Eu estava dando meu máximo, mas, quando erguia a cabeça para respirar, percebia que aquele mesmo farol ou prédio continuava no mesmo lugar. Sabe por quê? Eu estava nadando contra a maré.

Eu podia fazer a força que fosse e quase não avançava, embora estivesse gastando muita energia. É o que eu chamo de esforço burro, pois o inteligente ocorre a favor da maré.

Digamos que você queira estudar com bolsa no exterior, emagrecer para amar sua imagem no espelho, ganhar seu primeiro milhão de reais ainda jovem ou qualquer outro objetivo. Deve perguntar-se: "Será que estou num ambiente favorável?". Ou está perto de pessoas que não o incentivam, não patrocinam, não apoiam nem sequer entendem o que você quer?

Nessa hora, alguém pode dizer: "Melhore sua maneira de pensar, seu jeito de enxergar as coisas". Você pode até conseguir, mas precisará fazer um esforço fenomenal. Fazer muita, muita força para pouco avanço. O melhor é encontrar um ambiente com maré a favor, onde não exista nada nem ninguém atrapalhando.



ENXERGUE E ELIMINE AS INTERFERÊNCIAS


Gosto de aplicar a seguinte fórmula: desempenho é IGUAL a utilizar seu potencial MENOS as interferências (que podem ser de pensamento).

Um exemplo frequente é o da garota que ficou por um ano estudando absurdamente para passar no vestibular. Quando chegou a hora da prova, em vez de concentrar-se no que precisava fazer, utilizando o conhecimento acumulado, começou a pensar: e se eu não passar? E se não der tempo de preencher tudo?

Meu Deus, estou nervosa. Conclusão: deu branco. Ela colocou seu foco no que estava em jogo e, por isso, teve uma performance ruim.

É por isso que eu digo que empenho é diferente de desempenho. Essa estudante se empenhou ao máximo, mas na hora H não teve o desempenho que pretendia, porque não conseguiu focar o estado presente, eliminando de sua mente as interferências.

NA HORA H

- Joel, eu tenho potencial, acredito que posso mudar o rumo de minha vida. Só não decidi como...

- Mas eliminou as interferências? Se você só conta

com a força de vontade para decidir, falta clareza

sobre o que está atrapalhando.

Se você tem pouco potencial e poucas interferências - ou muito potencial e muitas interferências -, não deverá ter um bom desempenho. O ideal é ter muito potencial e poucas interferências, sabendo que elas surgem com muita força na hora H.

Se pensamos em coisas que não queremos, ficamos martelando na cabeça o que (achamos que) vai acontecer no futuro, isso rouba energia e foco que deveriam estar voltados ao estado presente. Saímos do eixo e perdemos a chance de utilizar todo o potencial. Às vezes, essa chance não se repete mais. Ou pode ser que leve muito tempo para se repetir. Enquanto espera, imagine só como você vai se sentir.



CONSTRUA A PORTA DA OPORTUNIDADE


Outra ideia para questionar é: "Fique atento, pois um dia a oportunidade bate à sua porta". Não. Ela é a própria porta que você constrói. Então, mãos à obra! Se você esperar a oportunidade chegar, vai continuar ESPERANDO. Ninguém deve nada a você nem a mim. Nosso sucesso é responsabilidade nossa.

Caramba, como tem gente que fica aguardando a oportunidade chegar! Não existe oportunidade desperdiçada, simplesmente porque, se alguém "dá mole", outra pessoa pega. Ninguém está sozinho. Há vários competidores percebendo que ela está ali.

Dessa maneira, o foco e o estado presente fazem agir com inteligência diante de uma oportunidade, inclusive para perceber quando não é boa para o que você quer. Quem perde isso acha que tem de abraçar todas as oportunidades. No entanto, o que deve ocorrer é o inverso: você tem de saber dizer "não" a muitas delas e direcionar a "mira laser" com sua energia, atenção, prática deliberada para a que mais interessa naquele momento.

Essa clareza evita o esgotamento do ego e faz nascer uma coisa muito grande, que é a consciência...

... do que eu quero;

... do por que eu quero;

... do em quanto tempo eu quero;

... do que pode acontecer com minha vida caso eu não atinja isso que eu quero;

Se você esperar a oportunidade chegar,

vai continuar ESPERANDO.

... de quem mais pode se beneficiar se eu conseguir o que eu quero ou se prejudicar se eu não conseguir o que eu quero.

Essa autoanálise ajuda a focar o objetivo e construir as oportunidades para alcançá-lo e ainda eleva o autoconhecimento. É importante investir em autoconhecimento, porque suas decisões são fortemente influenciadas pelo campo de visão que você tem, e também em inteligência emocional, para combater seus medos e adquirir segurança para decidir.

INVESTIGUE O QUE FAZ DE MELHOR

Investir em autoconhecimento é essencial a quem ainda não sabe o que faz de melhor. Afinal, todo mundo tem uma habilidade que realiza com facilidade acima de qualquer outra e melhor do que a maioria das pessoas. É mais fluido e mais natural. Pois bem, é nesse tal de talento, dom ou predisposição que mora nossa grande chance de fazer a diferença no mundo.

Como eu disse no capítulo 1, eu tinha habilidade corporal, mas não me adiantava nada sem treino. Para aquela pessoa que ainda não sabe o que faz de melhor, aumenta a chance de descobrir a resposta investigando ou pela facilidade ou pela curiosidade.

Primeira pergunta a se fazer: "O que eu faço com uma FACILIDADE acima da média das pessoas?".

Se não encontrar a resposta, parta para: "O que eu faço que me traz profunda CURIOSIDADE, me faz buscar informação, querer saber mais?".

Naquilo que você faz com tanto prazer que nem se lembra de comer, naquilo a que se dedica com afinco e vontade de aperfeiçoar, existe uma chance real, viável de descobrir uma atividade profissional na qual será bem-sucedido.

NA HORA H

- Joel, eu sei o que tenho de fazer, mas eu não faço.

- Se não fizer a mudança agora, o que de pior pode

acontecer à pessoa que mais ama e que depende dessa atitude sua?

- Ah, meu filho não vai ter meu respaldo financeiro para estudar em boas escolas.

Essa é uma pergunta que nos obriga a refletir e nos estimula a agir HOJE

mesmo. Geralmente, quando a tomada de decisão envolve filhos ou pais idosos, a pessoa percebe uma resiliência (capacidade de um corpo deformar e voltar ao seu estado natural) que talvez nem soubesse que possui.

Nesse momento, ela muda porque DECIDIU, e sua maior motivação foi o medo de perder. É comum dizer:

- Não dá mais para ficar neste ambiente. Eu estou perdendo tempo, liberdade, dinheiro, oxigênio. Só estou envelhecendo e sinto que não estou melhorando, evoluindo.

Quando as pessoas incluem aqueles que amam na grande "fotografia" de sua vida, elas trazem para o primeiro plano, percebem que não dá mais para empurrar para debaixo do tapete a necessidade de reflexão. Quando refletem seriamente, elas se conscientizam. E, quando se conscientizam, elas se responsabilizam por sua transformação.



NÃO CONFUNDA ROTINA COM MONOTONIA


Outra atitude que muda radicalmente a sua vida e a de todas as pessoas é conseguir fazer coisas importantes ou até indispensáveis de maneira automática, poupando esforço. O nome dado a isso? Rotina. Aparece com frequência nos namoros e nos casamentos, quando um diz ao outro:

- Acho que nosso relacionamento caiu na rotina. Precisamos dar uma sacudida ou não vai durar.

Cuidado, pois o que mais vejo é gente confundindo as coisas. Rotina é aquilo que fazemos automaticamente. Tanto você como eu temos várias e precisamos delas. É bom que existam, pois dispensam a mente de pensar e de precisar nos avisar o que devemos fazer e como: a começar por escovar os dentes, dizer bom-dia a quem cruza o caminho, dirigir ou caminhar até o trabalho...

Economizam energia para o que interessa.

O que ninguém gosta é de monotonia na vida. Com razão. A grande sacada é fazer todos os dias as mesmas coisas de maneiras diferentes. Digamos que você almoce sempre num restaurante dentro do trabalho ou próximo dele. Se tiver a mesma comida, sem variedade, vira monótono.

Outro exemplo: exercitar-se sempre na academia de ginástica é saudável.

Mas fazer a mesma série, com a mesma intensidade, nos mesmos aparelhos e na mesma sequência, ouvindo o mesmo tipo de música, é monótono. E tanto faz se esse treino é fraco ou forte no estímulo, na carga, no tempo, no tipo de exercício.

Sendo sempre igual, enjoa.

É aí que mora o perigo de desistir ou tomar decisões equivocadas: quando o problema não está no hábito de fazer atividade física, mas no COMO.

Depois de palestrar numa empresa, ouvi de uma senhora que finalmente havia entendido o que precisava mudar em seu casamento:

- Tudo que eu não queria é ser como minha mãe, que deixou o casamento com meu pai cair na rotina. Mas estou tentando que o meu seja diferente, mas também não está funcionando. Ninguém nunca tinha me dito que meu foco deveria ser outro.

NA HORA H

- Joel, eu estou enjoando do meu trabalho.

- Você deve estar enjoando da maneira como está executando seu trabalho.

Essa confusão está acontecendo frequentemente no trabalho, com muita gente reclamando do que faz, quando o problema está na monotonia. Sem essa reflexão, podem achar que a solução é mudar de carreira e mais na frente se arrependem, perdendo preciosos anos de vida. É aquele cara que repete "nunca estou satisfeito" e acaba voltando para a atividade profissional de cinco anos atrás. Ele pensa: "Rodei, rodei, até concluir que eu era melhor naquilo que fazia antes".

Agora, você pode refletir se está tendo rotinas ruins (como acordar perto da hora do almoço) para melhorá-las. As pessoas mais produtivas têm rotinas ao longo do dia, enquanto as menos sentem dificuldade de criar rotinas positivas.

Grandes empresários têm rotinas e ainda trazem para si novos desafios, que seguem de maneira muito disciplinada e nada monótona.

Cito a turma do 5am Club, que já está acordada às 5 horas da manhã, não por obrigação, mas para ter mais produtividade e foco. É um movimento mundial, do qual eu faço parte e que está crescendo no Brasil. Nesse horário, já estou ativo na internet, começando as lives.

Os adeptos, chamados de high achievers ou grandes realizadores, têm um ritual matinal bem definido, que recarrega suas baterias diariamente. Pode incluir fazer atividade física, tomar café da manhã em paz, meditar ou visualizar só coisas positivas para o dia que começa, ler notícias ou ouvir algo inspirador, escrever suas ideias, conectar-se com sua espiritualidade... Essas pessoas querem uma vida sem monotonia.

A boa notícia é que todo mundo pode valorizar as rotinas eliminando a monotonia. Com criatividade, inovação, diversidade, mudanças de algum tipo na forma como se trabalha, ama, conduz cada dia, criando assim um ciclo virtuoso, e não vicioso.

FAÇA POR MERECER DE VERDADE

Faz parte da autoanálise desfazer outra confusão bem comum, entre esforço e mérito. Mérito é merecer, simples assim.

Numa partida de futebol, por exemplo, jogam dois times que eu adoro: Corinthians × Santos. Nasci em Santos, tenho muitos amigos que passaram pelo Peixe, incluindo o Neymar Júnior, mas sou corinthiano. Imagine, então, que o Santos ataca, domina o jogo, dá trabalho à defesa adversária, fica com 90% do tempo com a posse da bola, está se empenhando demais.

Zero a zero, até que, faltando dois minutos para o apito final, o Corinthians balança a rede e vence. O que os comentaristas costumam dizer, ao vivo, enquanto os jogadores voltam ao vestiário? "Quem merecia ganhar era o Santos."

Eu discordo. Quem mereceu ganhar a partida foi quem fez o gol. Não era esse o principal objetivo? Não importa se o Corinthians estava meio apático e perdido em campo. Quem mereceu foi quem conquistou o gol.

Não necessariamente a pessoa ou o time que se esforça conquista o mérito.

Mas é impossível ter mérito sem esforço. Um dos melhores exemplos disso foi do ex-maratonista brasileiro Vanderlei Cardoso, quando ele liderava a prova mais nobre das Olimpíadas de Atenas (2004) e foi agarrado e derrubado por um padre irlandês.

A grande sacada é fazer todos os dias as

mesmas coisas de maneiras diferentes.

Vanderlei não ficou no chão, lamentando-se. Logo se desprendeu do manifestante e voltou a correr. Conquistou a medalha de bronze, que teve gosto de ouro para o mundo inteiro. Mereceu esse reconhecimento e ser condecorado com outra medalha ainda mais rara, Pierre de Coubertin, por sua garra e seu espírito olímpico. O mérito é de quem não desiste, de quem luta até o fim e sai vencedor.

Já a estudante que teve um mau desempenho na prova, por medo e nervosismo, não mereceu passar no vestibular. Quando chegou a hora H, ela foi tomada por um sentimento de não estar 100% presente. E estar 100% presente

favorece muito ter merecimento. Numa situação de pressão, se a pessoa se projeta no futuro, desconectando-se do presente, fica fácil se perder e desperdiçar o esforço feito para estar ali.

O recado é: chega de vitimismo! De uma vez por todas, você precisa confiar mais em si do que nos outros e DESEMPENHAR melhor que os outros, para merecer mais do que ninguém vencer qualquer batalha (aquele teste, aquela promoção na empresa, aquela grana do investidor-anjo ou aquela vaga no coração de alguém especial).



ENTENDA SEU MEDO E ENCONTRE CORAGEM


Encarar seus medos é outra atitude de largada para propiciar mudanças. Quantos de nós temem algo específico, mas generalizam achando que são medrosos? Não caia nessa cilada emocional. Você não consegue apenas isso. E é neste momento, só agora. Não precisa sentir medo permanentemente.

O que o corajoso faz? No meio de toda a confusão em que ele possa se encontrar, pode haver apenas uma coisa em que confia. É essa coisa mínima que ele foca e transforma em seu ponto forte para alcançar o resultado desejado.

Diante de uma situação que mete medo, se você caminha e eu paraliso, vou pensar que "sou um banana" enquanto você é supercorajoso. Mas a verdade é que você focou um elemento de apoio e fez acontecer.

Melhor do que dizer "eu sou medroso" é reconhecer que "eu estou medroso". Ser e estar têm significados diferentes. Essa reorganização ajuda a pessoa a se conscientizar de que não precisa se achar medrosa com tudo, nem medrosa sempre.

A segunda técnica para agilizar essa virada de chave mental é lembrar-se de circunstâncias (ou mesmo áreas da vida) nas quais foi corajoso, para usar como elemento de apoio. Ajuda pensar: "Eu já passei por uma situação que exigiu determinada performance e eu consegui. Então, eu não sou um incapaz, eu posso ter um bom desempenho em novos desafios também. Portanto, não vou recuar".

Eu fazia muito isso quando nadava. Era muito bom em distâncias curtas, treinava por um ano inteiro para ter 21 segundos de alta performance. Qualquer erro acabava com minha prova. Nas piscinas de 25 metros, eu era melhor ainda, por ter uma virada muito ágil.

Lembro-me como se fosse hoje do dia em que o treinador avisou:

- Pessoal, vocês vão ficar treinando meia hora de virada.

Naquele dia eu não estava tão bem, sentia dor na perna e cansaço. Comecei a fazer as viradas. Ora errava numa braçada, ora escorregava o pé ou virava mais lentamente. Pensei: Meus Deus, minha virada está ruim! Aquilo já estava abalando minha autoconfiança.

Mas logo eu mudava de mindset: "Joel, se você virasse mal, não seria o atleta que é. É só hoje. Vai lá e acerta". Ou seja, aquela situação não determinava o todo. O que eu fiz? Resgatei no passado referências positivas de performance, para não tirar conclusões equivocadas no estado presente.

Então, se em determinado instante ou assunto a coisa complicou, relembre outras situações nas quais passou por algo muito similar. Será como um treino grátis para não generalizar o medo, reduzindo-o a seu tamanho e sua importância real.

TOME A MELHOR DECISÃO PARA VOCÊ

Até aqui estamos aprofundando o primeiro passo para ter sucesso estando 100%

presente, que é a autoanálise. Ela é composta de três partes: reflexão, autoconhecimento e decisão. A ansiedade de tomar uma atitude tem levado muita gente a querer atropelar as duas primeiras, por serem mais introspectivas, exigirem olhar para as próprias dores, falhas e ilusões.

Mas uma boa reflexão sobre seu ambiente, suas atitudes até então, suas crenças, assim como um mergulho em quem você é, o que sabe fazer bem e o que quer para sua vida seguramente ajudam a tomar a melhor decisão, a mais precisa.

A palavra decisão, a meu ver, traz a necessidade de se fazer uma cisão: você abre mão de uma coisa em prol de outra. O processo até essa tomada de decisão é difícil, eu sei, mas, quando se resolve, chega a uma resolução, tudo fica mais fácil, não é? Uma vez que fez a escolha, você sente alívio! Passa a enxergar apenas um caminho e pensa: Agora é ir em frente.

O problema é quando colocamos na cabeça planos B, C, D: "Ah, vou por aqui, mas se der errado vou mudar para lá...". Isso acaba com seu foco no exato momento em que acrescenta alternativas. Em vez de estar 100% presente na conquista do plano A, você divide, dilui sua energia e sua atenção. Assim, perde a força.Uma vez que decidimos, não devemos voltar atrás.

Em maio de 2018, resolvi não trabalhar mais no Instituto Neymar. Sou eternamente grato pela oportunidade, pois eu só cresci, me desenvolvi e me transformei numa pessoa melhor. No entanto, eu não seria o melhor do mundo se permanecesse como coordenador do instituto. Eu não estaria utilizando meu principal talento ali, que é de comunicador e treinador.

Tinha chegado a hora de passar para a etapa seguinte, subir degraus em minha construção profissional. Para isso, eu precisava de tempo para empreender.

Queria estar 100% presente no objetivo de ser empresário e fazer minha agenda.

Focar colocando tempo, energia, todos os recursos.

Criados os argumentos, fui falar com Neymar pai, que é um dos melhores líderes que conheço. Depois de agradecer a ele por tudo, emendei:

- Eu quero empreender, fazer coisas novas em minha vida, colocar para fora 100% de meu talento, minha habilidade, meu amor em um negócio meu.

Eu achava que estava decidido, só que não. Saí de casa com todos os motivos na ponta da língua. Entretanto, tinha em mente uma alternativa ("Neymar

pai só vai me segurar se me der total flexibilidade de tempo"), que se concretizou.

Ele me deu liberdade para usar o tempo como eu quisesse. Pediu apenas que eu mantivesse o celular ligado quando não estivesse no instituto, para ser contatado em emergências. E eu fiquei. No fundo, não estava 100% preparado para sair. Tanto que cogitei um plano B.

Na hora H, argumentei por uns quinze minutos. Fui convencido a mudar de ideia em cinco segundos. Falei:

- Caramba, Neymar, tu és incrível.

Parecia perfeito: eu continuava como coordenador do Instituto Neymar e tinha todo o tempo do mundo para empreender. Adivinhe o que aconteceu com meu foco? Abriu-se e foi diluído. Eu não estava lá fisicamente, mas ligado pelo celular. Ou eu estava lá, só que pensando no que deixara de fazer do lado de fora.

Neymar pai não me cobrou nada. Ele me permitiu isso. No entanto, eu comecei a sofrer por não estar 100% presente em nenhum dos lados. Pensava: Eu gosto tanto dele, do trabalho, de mim, que não quero prejudicar nada nem ninguém.

Algumas pessoas me incentivavam:

- Fica... Ele deu liberdade.

Quatro meses depois, eu liguei às 7 da manhã para o Neymar pai, que me atendeu na França (10 horas lá), e abri o jogo:

O processo até essa tomada de decisão é

difcil, eu sei, mas, quando se resolve,

chega a uma resolução, tudo fica mais

fácil, não é?

- Eu amo você e o trabalho. Você me transformou numa pessoa melhor, mas estou indo embora. E não tem como eu voltar mais.

- Vai ser uma grande perda para o instituto. E eu te entendo.

- Um beijo - eu disse.

- Outro.

Nossa conversa não durou um minuto. Naquele instante, pensei: Agora, sim, eu decidi.

É assim que se toma uma decisão: você seguramente sabe fazer diversas coisas, então liste-as em sua frente. Por exemplo, sabe cantar, falar em público, vender... Dessas, selecione aquela que faz bem melhor do que todo o resto. E

essa coisa que você sabe fazer melhor também é a que faz melhor do que a maioria das pessoas que conhece.

Criar essa lista obriga a olhar para dentro, para seu íntimo, não dá para delegar. Isso é reflexão com autoconhecimento, que leva a uma decisão consciente.

No meu caso, o que eu faço de melhor HOJE é ser um comunicador, seja palestrando no palco, seja transmitindo conteúdo pela internet, seja publicando livros. Minha comunicação traz emoção, timing, informação de qualidade, exemplo, ritmo, naturalidade, cases, engajamento. Na comunicação, sei que tenho força, como tinha com as braçadas na natação. Com minha verdade e meu estudo, desenvolvo pessoas, ajudando-as a ter clareza sobre o que querem e a estarem 100% presentes e focadas em seus objetivos.

No instituto, por mais que eu tivesse força de vontade, impactaria um grupo limitado de pessoas. Precisei mudar de ambiente. Hoje, o mundo é meu limite.

Qual é o seu? Na hora de escolher aquela coisa primordial em sua vida, capaz de expandir seus horizontes de sucesso, procure relacioná-la com aquilo para o qual tem uma habilidade natural.

No entanto, preciso dizer que, sem ação imediata (tema do próximo capítulo), tudo se perde. Quantas pessoas talentosas você conhece que não brilham? Tem gente que sabe que é melhor cantora do que professora (contei esse case no capítulo 1). Sua voz é muito superior à da maioria das pessoas que ela conhece. É como cantora que faria a diferença na sociedade - se apostasse suas fichas nesse talento.

Minha chance está no resultado dessa soma de fatores: o que faço melhor que tudo + o que eu faço melhor que as outras pessoas + o que eu faço melhor ainda por ter uma habilidade natural para isso. E é aqui que vou colocar meu amor, minha vocação, minha energia, meu tempo, minha inteligência, meu conhecimento, meu esforço, meu investimento emocional e financeiro.

Depois que decidi sair do instituto, continuei meu processo de cisão. Fui tirando todas as outras coisas da frente, inclusive negócios que eu tocava. Vendi o que não me interessava mais, adotei uma vida focada na comunicação e causei uma explosão na internet.

Em pouco tempo, dezenas de seguidores viraram centenas, passei a lotar plateias e sou parado na rua. Eu viajo pelo Brasil inteiro, não tenho férias programáveis nem trabalho em horário comercial.

NA HORA H

- Joel, e essa vida maluca, hein? Como você vai

conciliar com a família?

- Eu só agradeço, pois foi o que eu escolhi.

Em minhas escolhas, sempre envolvi minha esposa, e vice-versa. Alguns relacionamentos fracassam porque só um lado decidiu sem nem ao menos comunicar o outro. Faltou entrar em acordo com seu amor, o que torna a realização depois muito mais possível e tranquila.

Larissa, a quem chamo carinhosamente de Lalas, também foi nadadora da seleção brasileira, campeã em várias competições. Teve melhor desempenho do que eu em competições nacionais. Nós nos conhecemos em 2004, fomos companheiros de treino no mesmo time. E ela também já teve decisões irreversíveis: quando foi morar sozinha aos 15 anos, quando foi competir por outros clubes...

Mais tarde, Lalas decidiu cursar Engenharia, alcançou cargos de liderança e recebeu uma proposta irrecusável de uma multinacional japonesa em 2015 para construir uma plataforma de petróleo em Singapura. Trabalhou e morou lá por um ano, em troca de quê? Construir um pé de meia e viver essa experiência incrível.

Detalhe: já estávamos casados.

Conversamos, não para me pedir permissão, e sim para ter meu apoio e fortalecer ainda mais sua tomada de decisão - de ir, é claro. Ao mesmo tempo que ela estava seguindo o sonho dela, eu fiquei no Brasil seguindo o meu.

Quando os dois têm clareza e lucidez, fica mais fácil decidir. Ela me disse:

- Recebi um convite para trabalhar em Singapura. É importante para minha carreira, vai render frutos para nosso futuro, e eu quero que você esteja comigo nessa, me apoiando.

Minha esposa retornou à nossa casa depois de um ano, assumindo um ritmo desgastante de viver 15 dias em terra (moramos em Santos, no litoral paulista), 15

dias em plataforma afastada da costa. Até o momento em que decidiu "Não quero mais fazer isso" e veio trabalhar comigo.

Em pouco tempo, estávamos performando juntos, viajando à beça e descansando pouco. Mas não cabiam cobranças, pois havíamos escolhido isso. O

trabalho é nosso alicerce para o projeto de vida que decidimos ter.

Antes dessa decisão, refletimos sobre o que queríamos fazer profissionalmente, concordando que impactaríamos a maior quantidade de pessoas para que também concretizassem seus sonhos. Eu já havia decidido ser

um vendedor de projeto de vida. Perguntei à Larissa qual era o projeto de vida dela em termos financeiros, de tempo, geográficos, de saúde e emocionais. E ela respondeu "sim" a perguntas como as seguintes: Você quer trabalhar de qualquer lugar do mundo? Não precisar tomar decisões por dinheiro? Ter a liberdade de tomar decisões não pela cabeça dos outros? Ter tempo e energia para cuidar muito bem de quantos filhos quisermos gerar? Ter uma saúde física para não ficar dependendo de remédios? Esse é nosso projeto de vida?

O que proporciona o nosso projeto de vida é o nosso trabalho. Ele é a ponte que nós escolhemos atravessar juntos, dizendo "não" a tudo o mais que nos impediria de fazer a travessia. Tomar a decisão e fazer o caminho, o processo.

Não há nada que impeça nosso desenvolvimento. Pode ser assim com você também.

Para ajudar a impulsionar o seu desenvolvimento, criei duas metodologias que vou detalhar agora. Elas são úteis para analisar em qual posição você está em cada conceito e para decidir como quer avançar.

Metodologia 1 - CICLO DO SUCESSO JOEL JOTA

Abra a imagem:


O ciclo do sucesso começa com clareza, conforme a ilustração acima, e vai até o resultado, que motiva a ter ainda mais clareza do que você quer e assim por diante. É importante olhar para esse ciclo e perceber onde pode estar falhando, o que pode estar faltando e o que dificulta fazer o ciclo todo e reiniciar, com mais sucesso ainda. 

Metodologia 2 – MATRIZ DO BALIZAMENTO

JOEL JOTA

Criei esse nome baseado na minha experiência como nadador. O

balizamento é uma listagem predefinida dos atletas inscritos para aquela prova, ordenada por séries e raias. Portanto, indica em qual momento cada um vai competir e em qual posição. Tanto que é comum perguntar a quem vai nadar:

“Onde você está balizado?”.

Abra a imagem:

São oito raias, então só cabem oito competidores por série. Se há quarenta inscritos, a prova constitui-se de cinco séries. Explico com um exemplo: o atleta que vai disputar na última série, na raia 4, é aquele com o melhor tempo de todos. 

Já os que disputam as primeiras séries, nas raias das pontas, são os mais lentos.


À medida que o atleta melhora seu tempo, vai competindo nas últimas séries, pois o grande espetáculo fica para o final. Também conquista vaga nas raias centrais, que oferecem maior visibilidade do andamento da prova. 


Veja na ilustração a seguir que o nadador de melhor tempo conquista o direito de ficar na raia 4, o segundo, na raia 5, o terceiro, na raia 3, enquanto o sétimo mais rápido fica na raia 1 e o oitavo, na raia 8. 
Somente oito competidores vão disputar a final. Cada um tem seu tempo de balizamento, 100% conquistado por mérito, esforço individual no dia D e resultado na hora H. 


Olhando a piscina do alto, teoricamente o desenho que se forma durante a prova é de um triângulo. Por que o atleta de mais ALTA performance fica no meio? Porque ele tem a visão privilegiada dos dois lados. Os das pontas não têm o mesmo privilégio, e sim a parede de um lado e um monte de gente do outro. De novo, o critério de escolha é o tempo. 


NA HORA H 


- Joel, eu quero tanto vencer em alguma coisa!

- Você quer ter o privilégio de nadar em qual raia?

- Na melhor, é claro!

- Primeiro, descubra como está seu balizamento

agora. Se a vida fosse balizada em raias, HOJE você

estaria em qual raia, de que série? E por quê?

O conceito do balizamento é interessante para analisar se a sua performance o está colocando entre os melhores e permitindo ter a visão mais privilegiada da sua prova. Não necessariamente quem está na raia 4 vai ganhar, nem quem está na raia 8 vai perder, mas o primeiro tem mais chances de subir ao pódio.

Certa vez, numa prova, eu nadei na primeira série, na raia 8, que é a do lado da parede. Mas meu tempo de eliminatória foi tão incrível que, na final, eu fui para a raia 4. Em compensação, o competidor que nadou na primeira série na raia 4 errou, foi mal e acabou sua prova ali.

Então, fazendo uma analogia com o seu desafio de vida, a primeira briga é para estar entre os oito melhores, o que significa que já está em ALTA performance. O foco agora é para ficar na raia mais privilegiada entre as oito.

Todos têm a chance e estão lutando por isso.

A maioria das pessoas quer ter sucesso, ser vista e notada, estar na raia 4 da própria vida. Para isso, inevitavelmente vai concorrer com outros que buscam o mesmo objetivo. A competição existe, e ela é boa, porque faz com que você descubra uma força interior, uma vontade de vencer, que nem sabia que tinha, elevando a AUTO performance para ter ALTA PERFORMANCE (vamos aprofundar esse tema no próximo capítulo).

Conseguir se destacar é mesmo difícil, mas sabe quem é o cara que nada na raia mais privilegiada? Não é aquele que ganha dos outros, é aquele que ganha de si mesmo. É muito comum atleta lamentar: "Se eu tivesse melhorado um pouquinho a minha performance, estaria na final", reconhecendo que falhou por ter se distraído em relação ao próprio desempenho, prestando atenção nos outros, sem estar num estado de presença total.

Pois essa é a base da metodologia Matriz do Balizamento, ilustrada a seguir, que eu criei para ajudar as pessoas em geral a se analisar sobre a posição (ou quadrante) na qual elas próprias estão se colocando diante dos desafios. É

composta de quatro tipos de perfis comportamentais, que identifiquei em minha jornada de convivência com profissionais diversos.

Todos nós nos posicionamos em um dos quatro quadrantes de acordo com o ambiente e o momento, mas o que percebo é muita gente usando o quadrante errado no momento errado. E aviso que é preciso fazer esse balizamento se quisermos estar entre os melhores.

Em algumas áreas da minha vida eu sou muito esperto. Quando um amigo me dá uma dica interessante, eu rapidamente aplico. Assim como posso observar outro amigo fazendo algo ousado para ver se dá certo primeiro com ele antes de eu tentar.

Abra a imagem:  


Quando olho para uma pilha de louças na cozinha, admito, eu me faço de sonso às vezes. Ou ainda numa conversa que vai me tirar do meu foco naquele momento (escuto educadamente, mas não participo, para não me distrair do que quero fazer). 

Há pessoas muito inteligentes, que discorrem sobre conceitos bem antes da maioria; são professores em determinado assunto e sabem ensinar o porquê das coisas. Assim como há os que dominam os processos, o passo a passo para se atingir algo especial e são seguidos por quem quer isso também. 

Em muitos momentos e ambientes, eu encarnei o perfil limitado. Esse tem muita fome de vencer e topa se dedicar para se superar. O limitado esforçado rapidamente pode passar para a linha superior, sendo esperto ou inteligente. Já o

cego talvez nem se dê conta de que está limitado e precise de um inteligente para ajudá-lo a enxergar algo bom. 

Por fim, há o tipo disfarçado, que pode se fazer de sonso (quando julgar conveniente e isso não é pecado) ou de zumbi (escolha ruim, por fazer mal a ele e a quem o rodeia). Esse último não tem atitude, não quer aprender nem se esforça, não está feliz com seu trabalho e ainda gosta de perturbar quem está. 

Se você se encontra assim, zumbizão, precisa sair desse quadrante urgentemente. 

Já o perfil esperto observador, mesmo sem conhecer profundamente um conceito como o inteligente, pode perceber que há um menino limitado esforçado do seu lado e concluir que só precisa de uma orientação técnica. 

A esta altura, você já percebeu que não há certo nem errado, embora estar na linha superior represente vantagem, enquanto na inferior, desvantagem. Mas qual é a sacada dessa matriz? Quando você atinge um platô, precisa ir para um ambiente ou escolher uma nova meta que permita ser um limitado esforçado para crescer mais. 

Em algum momento, você foi limitado para alguma área – no início. 

Esforçou-se tanto e quis tanto se superar que melhorou o desempenho e passou a ficar esperto e/ou inteligente. Eu já dei aula a palestrantes que eram inteligentes para sua área, e eu os trouxe para o quadrante da limitação a respeito de como explorar novas plataformas de comunicação virtual. 

Eles constataram que estavam perdidos, lentos diante de um cenário digital que mudou demais o negócio de palestras. E, como são esforçados, meu papel foi provocá-los para melhorar o balizamento deles. 

Experimente se analisar: naquela situação com o cliente ou o chefe, você agiu como esperto e rápido. Mas era para agir como esperto e rápido? Ou era para agir como inteligente processual? 

NA HORA H

— Joel, eu não agi como inteligente porque me falta dominar novos conceitos. 

— Ok, então essa é a competência que você tem de

desenvolver para ser visto como um cara inteligente, e não esperto. 

Eu preciso dizer que há momentos em que o inteligente é lento, burocrático, fica muito preso no processo... Consegue mudar isso se tiver clareza de que precisa retornar ao quadrante de limitado e se esforçar para desenvolver senso de urgência. 

Se você só ficar num ambiente em que é o melhor da sala, dificilmente vai crescer. Precisa ir para outro no qual é limitado, enxergar uma coisa nova para aprender, assim vai se esforçar para melhorar. 

O cego é o que mais sofre e, se não tomar cuidado, vira alvo da manipulação de um disfarçado. E quem mais pode “salvá-lo” iluminando a sua escuridão é o inteligente. Daí, o ex-cego passa a se esforçar para recuperar o tempo perdido. 

Em certos lugares ou situações você pode ser sonso, mas em outros... jamais. 

É quando se autoavalia: “Nossa, eu estou vacilando aqui”. Todo mundo conhece alguém que se “finge de sonso”, mas no fundo está sendo esperto. Ele até triunfa, mas não por muito tempo, porque os outros percebem sua manobra. 

O mais importante é que a pessoa entenda em qual quadrante está, em qual deveria estar e o que precisa fazer para melhorar o seu “balizamento”. A minha sugestão, para que tenha evolução com resultado, é se colocar na posição de limitado esforçado. Já entendeu que esse é só o início para crescer no ambiente em que está? 

Agora, trace um plano para adquirir a competência de que precisa transformando informação em conhecimento, que é quando acopla aprendizagem e experiência. Melhor ainda é dar o passo seguinte, o da sabedoria, que é quando aplica o conhecimento. 

Teve um resultado fabuloso? Sugiro que retorne ao quadrante do limitado esforçado e busque adquirir uma nova informação, que vai plugar no seu conhecimento e, assim, subir de patamar. 

Quantos de nós acessam uma nova informação e não “linkam”, não aumentam seu conhecimento (aprendizagem + experiência), não se tornam mais sábios e bem-sucedidos?! Ficam com um overload de dados sem que obtenham novos resultados! 

Para uma pessoa se manter entre os melhores, o ideal é que se coloque sempre em um ambiente competitivo e se balize, provocando a si mesma a sair da sua limitação, com a contribuição dos espertos e dos inteligentes e ficando o mais longe possível dos zumbis. 

Quando eu nadava, vivi esse processo várias vezes. No início, para ficar entre os melhores atletas regionais. Até finalmente figurar entre os campeões mundiais, passei pelo nível estadual, depois nacional, seguido pelo sul-americano. 

Gosto da frase “ O que te trouxe até aqui não vai te levar até o próximo nível” porque incentiva o crescimento constante. E nunca é tarde para aprender, 

nunca é tarde para aplicar novas competências. Tudo é reversível, a não ser a morte. Temos mais é que partir para a ação.


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